Luiz Pagot, ex-diretor Geral do Dnit repete Roberto Jefferson: "O Palácio do Planalto treme. Quero falar das patifarias na CPI"

* Clipping A Gazeta, Campo Bom, MT

Ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot (sem partido-MT), mira seu ataque diretamente sobre o Palácio do Planalto, que tem à frente a presidente Dilma Rousseff (PT). Em entrevista para A Gazeta, acusa o Planalto de orquestrar um complô contra ele. Motivo: sua negativa em colaborar "da forma esperada" para esquema de doações de campanha, em 2010, com benefícios para o PT, através de empreiteiras ligadas a autarquia vinculada ao Ministério dos Transportes. Em tom de desabafo, Pagot demonstra extrema indignação por não ser chamado para depor na CPMI que investiga o bicheiro Carlos Cachoeira, no Congresso Nacional. E avisa: "No Palácio, não vão mais fazer gozação comigo. Então tá na hora de chutar o pau da barraca".

Pagot preferiu não mencionar possível conhecimento do suposto complô pela presidente da República, mas também não descartou. "Estou me referindo ao Palácio do Planalto", frisou ao se posicionar como vítima. "Ficou provado, sedimentado um complô. Fizeram uma safadeza comigo", disse irritado ao destacar que "montaram uma quadrilha engenhosa", que segundo ele, continua em ampla atuação.

O ex-diretor concedeu a entrevista no final da noite de sexta-feira, após publicação pela Revista Isto É, de circulação nacional, de reportagem em que revelou mais detalhes do que classifica de manobras que levaram à sua queda do comando do Dnit. Colocou, desta vez, no centro das pontuações o PSDB e o PT, partidos que por meio de seus enviados à autarquia exigiam remessa de recursos via empreiteiras, para caixa de campanha. Ele assumiu ter feito alguns pedidos, mas na sua opinião, dentro da ordem legal.

"Tinha cerca de 300 empreiteiras ligadas ao Dnit e acho que menos de 20 ajudaram", disse se referindo ao reduzido quadro de colaboradoras. Vale ressaltar que a legislação eleitoral permite o ato de doar dinheiro para campanha de candidatos, incluindo-se aí pessoas jurídicas (empresas) e pessoa física, o cidadão comum. O problema é que já ficou provado que se por um lado se "ajuda", do outro, também se "cobra". É comum ser aberto caminho para empresas que participaram como doadoras, para assegurar contratos com órgãos públicos. É nesse panorama que surge a empreiteira Delta, alvo da CPMI, que teve os contratos "expandidos" principalmente em 2011, com ramificações na maioria dos estados brasileiros.

O "complô" teria vários braços. "Uma empreiteira com contratos que envolvem deputados federais do meu partido e com participação do Palácio do Planalto. Trabalhei muito pelo país, e o que recebo de troco? Essa patifaria", disparou.

Pagot provoca seu chamamento à CPMI e coloca em dúvida os resultados. Quer ser ouvido e afirma estratégia montada no Congresso para barrar suas revelações. Trava luta para prestar os esclarecimentos e acrescenta: "não irá conviver com isso sem poder falar o que sabe". Novas declarações podem chegar ao governo federal, atingindo de cheio a cúpula do PT, partido de Dilma Rousseff. "Se eu tiver alguma dívida, quero pagar, mas me deixem falar.

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Delta continua a receber dinheiro público

A crise de confiança apontada pela holding J&F para cancelar a compra da Delta Construções não impediu que a empreiteira ganhasse novas licitações e aditivos em obras por todo oBrasil no mês de maio. Mesmo com um diretor preso, outro foragido, os dois principais executivos afastados, os sigilos fiscal, bancário e telefônico quebrados pela CPI e sob a ameaça de ser considerada inidônea pela Controladoria-Geral da União (CGU), a empresa de Fernando Cavendish ampliou seu faturamento no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e na Prefeitura do Rio de Janeiro nos últimos 30 dias.

. A Delta ainda faturou novas verbas para obras do Dnit em andamento em outros cinco Estados no mês passado. Anteontem, o Diário Oficial da União publicou extrato com o quinto termo aditivo em favor da empreiteira para a conservação e recuperação da BR-242. Com valor inicial de R$ 4,4 milhões, o serviço contratado pela Superintendência do Dnit na Bahia em 2008 já rendeu R$ 5,4 milhões à construtora - segundo o Portal da Transparência, do governo federal. Os demais aditivos publicados nos últimos 30 dias foram destinados para obras da Delta no Espírito Santo, Pará, Piauí e Tocantins.

Estourou a bolha de entusiasmo pelo Brasil no exterior

* Clipping BBC Brasil, de Londres

A desaceleração da economia brasileira estourou o que muitos analistas acreditam ter sido uma "bolha" de entusiasmo pelo Brasil no exterior.

Esse ritmo mais lento da economia brasileira foi confirmado nesta sexta-feira com a divulgação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) pelo IBGE. Segundo os números, no primeiro trimestre deste ano, o Brasil cresceu apenas 0,2% em relação aos três últimos meses de 2012.

Na segunda metade dos anos 2000, quando o Brasil ganhou a preferência de investidores estrangeiros, os holofotes da mídia internacional e, de quebra, o direito de sediar uma Olimpíada e uma Copa do Mundo, o termo "Brasilmania" passou a ser usado para referir-se ao crescente interesse internacional pelo país.
Agora, não só o fenômeno parece estar perdendo força como já há especialistas denunciando "exagero" nas análises negativas sobre a economia brasileira.

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Serra não vai cair na armadilha de Lula, diz coordenador de campanha

Tanto a assessoria quanto o chefe da coordenação de campanha do tucano José Serra, Edson Aparecido, informaram neste sábado, que o ex-governador não reagirá às ofensivas feitas por Lula.

. O ex-presidente voltou a dirigir críticas ao PSDB pela segunda vez na semana, agora mais agressivas e diretas a Serra. Durante a homologação da candidatura do petista Fernando Haddad, Lula referiu-se ao tucano como candidato desgastado, embora sem citá-lo. “O Lula quer chamar Serra para o debate.

. "Ele não é candidato. Nós não vamos cair nesta armadilha”, declarou Aparecido.

Romário: “O povo vai se decepcionar com a CPI do Cachoeira"

Da mesma maneira como “vestiu à vera” as camisas dos times e da Seleção Brasileira, o deputado Romário (PSB-RJ) resolveu assumir oficialmente o figurino de político. Admite que até acostumou com o terno, algo impensável para alguém conhecido pelas chuteiras, meiões ou sandálias de dedo. Mantém, contudo, a língua afiada e critica a CPI mista do Cachoeira: “Mais uma vez, o povo vai se decepcionar, com certeza”, disse, em entrevista exclusiva ao jornal "Correio Braziliense".

. Durante papo de quase 45 minutos (um tempo inteiro de futebol fora os acréscimos), reclamou que não tem espaço no PSB - “a minha relação com eles é zero” - jurou que está apaixonado por Brasília - “você pode até não acreditar porque às vezes eu também não acredito nas pessoas” -, mas mantém ressalvas quanto às baladas sertanejas: “Estou acostumando, não me dói tanto quanto no início”.

. Apesar de aparecer em terceiro lugar em uma pesquisa avulsa para a prefeitura do Rio de Janeiro, afirma que ainda não pensa em política pós-2014. Disse que a grande motivação para candidatar-se foi o nascimento de sua filha, Ivy, portadora da síndrome de Down. E avisou: “Eu penso em lutar muito nestes últimos dois anos por essas causas que eu acredito”. Confira a seguir os principais trechos da entrevista.

Ao lado de Zé Dirceu, Lula sai em defesa de Erenice Guerra

Em discurso na festa de Fernando Haddad, o ex-presidente Lula defendeu sua ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, afastada em 2010, durante a campanha de Dilma ao Planalto. Ela perdeu o cargo sob a acusação de que seu filho Israel fazia lobby no governo.

. Lula disse que Erenice foi “execrada, acusada de tudo quanto é coisa” na época. “Quando terminou a campanha, o acusador em Campinas retirou a acusação na primeira audiência e a imprensa, que a massacrou, não teve coragem sequer de pedir desculpas à companheira Erenice”, disse Lula.

. O inquérito da Polícia Federal que investiga a suposta prática de tráfico de influência ainda não foi concluído, mas a ex-ministra foi censurada pela Comissão de Ética Pública por ter conduta não condizente com o cargo. A CGU (Controladoria-Geral da União) apontou irregularidades “graves” em três dos nove casos investigados. Entre elas, sobrepreço em serviços prestados aos Correios pela MTA Linhas Aéreas, que contratou o filho de Erenice. Ela e os outros envolvidos no caso negam irregularidades.

Dilma quer acabar com aluguel de horário na TV

O governo federal prepara um pacote de medidas para fechar brechas da legislação de rádio e TV que permitiram o surgimento de um “mercado paralelo” ligado às concessões no país. A Folha teve acesso à última versão da minuta do decreto, que foi batizado pelo setor de “novo marco regulatório da radiodifusão”. Uma das mudanças de maior impacto é a proibição expressa do aluguel de canais e de horários da programação de rádio e TV.

. A lei atual não proíbe a prática de forma explícita, o que permitiu o aumento de programas religiosos e exclusivamente comerciais, principais clientes desses horários. No fim de 2011, a Igreja Internacional da Graça de Deus, do missionário R.R. Soares, por exemplo, alugava duas horas e cinco minutos semanais na Bandeirantes. Na Rede TV!, o apóstolo Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, comprava cerca de dez horas e meia semanais. A rede de farmácias Ultrafarma ocupava quatro horas e meia com propagandas. Na TV Gazeta, o Polishop detinha dez horas semanais para anunciar seus produtos.

Artigo, Merval Pereira - A missão de Lula

 * Clipping O Globo deste domingo

De Merval Pereira

A proximidade do julgamento do mensalão parece estar desestabilizando emocionalmente o ex-presidente Lula, que se tem esmerado nos últimos dias em explicitar uma truculência política que antes era dissimulada em público, ou maquiada.

Nessa fase em que trabalha em dois projetos que se cruzam e parecem vitais para seu futuro, tamanha a intensidade com que se dedica a eles, Lula não tem tido cuidados com as aparências, e arrisca-se além do que sua experiência recomendaria.

A pressão sobre ministros do STF, a convocação da CPI do Cachoeira, com direito a cartilha de procedimentos com os alvos preferenciais identificados (STF, imprensa, oposição) e as atitudes messiânicas, sempre colocando-se como o centro do universo político, revelam a alma autoritária deste ex-presidente ansioso pela ribalta política.

A eleição de Fernando Haddad para a Prefeitura de São Paulo e a obsessão em desmoralizar o julgamento do mensalão (já que não conseguiu adiá-lo para que seus resultados não interferissem na eleição municipal e, além disso, a prescrição das penas resolvesse grande parte dos problemas judiciais do PT) pareciam as duas grandes tarefas do ex-presidente Lula neste momento. Mas ele, de voz própria, revelou seu verdadeiro objetivo político no programa do Ratinho: não permitir que um tucano volte a governar o país.
Nunca antes nesse país viu-se um político assumir tão abertamente uma postura despótica, quase ditatorial, quanto a de Lula nessa cruzada nacional contra os tucanos, que tem na disputa pela capital paulista seu ponto decisivo.

O PT, aliás, tem seguido a mesma batida de Lula, e se revela a cada instante um partido que não tem como objetivo programas de governo ou projetos nacionais para o país. A luta política pelo poder escancara posturas ditatoriais em todos os níveis, e para mantê-lo vale tudo. Desde rasgar a legislação eleitoral e fazer propaganda ilegal em emissora de televisão na tentativa de desatolar uma candidatura que até agora não demonstra capacidade de competição, até intervenções em diretórios que não obedecem à orientação nacional, como aconteceu agora mesmo em Recife. Vale também mobilizar um esquema policial de uma prefeitura petista, como a de Mauá em São Paulo, para apreender uma revista que apresenta reportagens contrárias aos interesses do PT.

A truculência com que foi impedida a distribuição gratuita da revista "Free São Paulo", que trazia uma reportagem de capa sobre o assassinato do prefeito petista de Santo André Celso Daniel, é exemplar do que o PT e seus seguidores consideram "liberdade de imprensa".

Os petistas acusam a revista de ser financiada pelo PSDB, o que ainda é preciso provar, mas, mesmo que seja, seria no mínimo incoerente criticarem tal estratégia, já que são estatais de diversos calibres e governos petistas que financiam uma verdadeira rede de blogs chapas-brancas e revistas para defenderem as ações governistas e demonizar seus adversários, em qualquer nível.

Da mesma forma, parece ironia que líderes petistas se mostrem indignados com financiamentos eleitorais de caixa 2 de políticos tucanos, como se esse crime fosse uma afronta ao Estado de Direito e não, como disse o ex-presidente Lula tentando minimizar o caso do mensalão, coisa corriqueira no sistema eleitoral brasileiro.

O recurso ao caixa 2 e a verbas não contabilizadas é evidentemente uma distorção do nosso sistema eleitoral que tem que ser combatida com rigor, mas o PT há muito perdeu a possibilidade de indignar-se diante deste e de outros malfeitos políticos.

O governo erra ao tentar usar a mágica do passado para reanimar a economia

* Clipping O Globo deste domingo.

Dez milhões de famílias estão endividadas e estimular PIB com consumo não resolve mais
Aguinaldo Novo, O Globo

Com os dados do PIB do primeiro trimestre na tela do computador, o economista José Roberto Mendonça de Barros examinava na sexta-feira os resultados de uma pesquisa recém-concluída por sua consultoria, a MB Associados, sobre endividamento.

A conclusão não poderia ser mais preocupante, considerando o esforço do governo para estimular a economia por meio do consumo: cerca de dez milhões de famílias já têm mais de 30% de seu orçamento comprometidos com dívidas.

“Elas já estão no seu limite de gastos. Bombar o consumo daqui para a frente vai gerar cada vez menos resultados. Acabou a mágica”, conclui Mendonça, que foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda entre 1995 e 1998.

Ao GLOBO, ele afirma que o governo tem se pautado por políticas de curto prazo e favores a poucos segmentos industriais, que os investidores estrangeiros perderam o encanto pelo Brasil e que a trajetória do PIB não autoriza comemorações. “Se chegarmos a 2,5% neste ano, será um acontecimento”.

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