Lula ‘Jagger’ da Silva

Jatinho, carro blindado, equipe de assessores, hotéis e restaurantes estrelados são exigências dignas de um Mick Jagger a serem cumpridas para ter direito a uma palestra no exterior do ex-presidente Lula – além do cachê de US$ 300 mil (descontados os impostos), o dobro do cobrado por Fernando Henrique.

. Segundo o jornal O Globo, em sete meses, Lula já viajou vinte vezes ao exterior, nove como conferencista.

Bancos separam R$ 64 bi contra a onda de calotes

Os juros mais altos e a inflação corroendo a renda fizeram a inadimplência no país bater recorde histórico. Só os três maiores bancos privados registraram, em seus balanços, no fim do primeiro semestre, calote de R$ 64,9 bilhões. Os empréstimos com atraso superior a 14 dias no Itaú Unibanco, Bradesco e Santander avançaram 17% ante junho de 2010.

. Com a lenta recuperação econômica dos Estados Unidos e o aprofundamento da crise na Europa, especialistas preveem piora no mercado de crédito, que pode levar o calote para R$ 75 bilhoes.

Serra abre empresa de consultoria em SP

O ex-governador José Serra (PSDB) abriu uma empresa de consultoria, somando-se ao grupo de políticos que, sem cargo eletivo, ingressaram na prestação de serviço para a iniciativa privada.

. Candidato derrotado à Presidência da República em 2010, o tucano registrou na Junta Comercial de São Paulo a Apecs Consultoria e Assessoria em Gestão Empresarial há quase quatro meses, para dar palestras e coordenar a publicação de artigos.

Estilo Dilma atrasa projeto de ministros

Ao entrar no oitavo mês de Planalto e já contabilizar três demissões ministeriais de peso, os parlamentares da base aliada e ministros começam a emitir sinais de desconforto com o jeito Dilma Rousseff de governar. Eles temem o confronto com a presidente, não ousam fazer a crítica abertamente, mas têm a mesma queixa: “Dilma amarra os parlamentares e anula os ministros”.

. Mas são os ministros, que não têm as armas dos parlamentares, os mais incomodados. Depois de demitir também Alfredo Nascimento (Transportes) e Nelson Jobim (Defesa), Dilma reforçou o estilo centralizador e a paralisia aflige os ministros.

. Em conversas reservadas, os ministros ouvidos pelo jornal O Estado de S.Paulo, listam uma série de projetos prontos para serem apresentados à sociedade, mas que continuam na fila de espera, aguardando o aval da presidente. Isso pode ser bom para a imagem da petista, mas, dizem os ministros, fragiliza o governo.

Agricultura vira cabide de emprego da cúpula do PMDB


O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, transformou uma empresa pública, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), num cabide de empregos para acomodar parentes de líderes políticos de seu partido, o PMDB. O loteamento começou quando Rossi dirigiu a estatal, de junho de 2007 a março de 2010. Ele deu ordem para mais doue quadruplicar o número de assessores especiais do gabinete do presidente -de 6 para 26 postos. Muitos cargos somente foram preenchidos, porém, depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu Rossi para o comando da Agricultura -o ministério ao qual a Conab responde.

. Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, neste ano, já no governo de Dilma Rousseff, foram definidas 21 nomeações. Algumas contratações foram assinadas de próprio punho pelo ministro, homem de confiança do vice-presidente Michel Temer, presidente licenciado do PMDB. Receberam cargos, entre outros, um filho de Renan Calheiros (AL), líder do PMDB no Senado; a ex-mulher do deputado Henrique Eduardo Alves (RN), líder do partido na Câmara; um neto do deputado federal Mauro Benevides (CE); e um sobrinho de Orestes Quércia, ex-governador e ex-presidente do PMDB de São Paulo, que morreu no ano passado.

FHC avisa que só novas alianças permitirão que Dilma Roussef acabe com o fisiologismo e modernize o Brasil

A primeira parte do artigo a seguir do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é uma desnecessária peroração sobre o cenário político atual americano e a decadência do governo democrata de Barak Obama, mas a segunda parte introduz uma leitura completamente nova e pertinente sobre a natureza das novas relações de poder consolidadas com a chegada da nomenklatura do PT ao Planalto, mas cujas origens podem ser encontradas no início dos governos eleitos depois da ditadura, inclusive o de FHC – todas elas disputando o butim com o chamado capitalismo de mercado.

. O ex-presidente FHC vê fatores decisivamente modernizadores na necessária ação empreendida pela presidente Dilma Roussef e considera inevitável que ela refaça suas alianças políticas para que a força do capitalismo competitivo – o que não assalta os cofres públicos – mantenha a economia brasileira à tona.

. FHC enxergaria a aliança improvável entre PT e PSDB?

. A análise de FHC é diabolicamente verdade. Ele não revela o epílogo explicitamente, mas quando atribui a Dilma a condição de David, parece colocar todos os governos anteriores pós-ditadura na condição de Golias. Por si só, isto já indica em quem e no que acredita como resultado.

. O resumo das duas forças descritas pelo ex-presidente no seu asrtigo “David e Golias”.
1) Dilma Rousseff é herdeira de um Sistema que reúne o grande capital, as estatais, fundos de pensão, sindicatos e atores da base de coalizão do governo, que tudo troca por favores – uma espécie de capitalismo estatal vampirizador do dinheiro dos contribuintes, amealhado na economia real.
2) O capitalismo de mercado, muito mais competitivo.

. Como conviveram as duas forças ? FHC exlica:
- Na onda do crescimento econômico, as acomodações foram se tornando mais fáceis, tanto entre interesses econômicos quanto políticos (incluindo-se neles os “fisiológicos” e a corrupção). No início, parecia fenômeno normal das épocas de prosperidade capitalista, que seria passageiro. Pouco a pouco, se foi vendo que era mais do que isso: cada parte do Sistema precisa da outra para funcionar e o próprio Sistema necessita da anuência dos cooptáveis pelas bolsas e empregos de baixos salários e precisa de símbolos e de voz. Esta veio com o “predestinado”: o lulismo anestesiou qualquer crítica não só ao Sistema mas a suas partes constitutivas.

. Acontece que concluído o governo de Lula, o que se percebeu é que a nova presidente é menos tolerante com algumas práticas condenáveis do sistema. Analisa FHCV:

- Entretanto, quando começa a fazer uma faxina, quebram-se as peças da engrenagem toda. Sem leniên- cias e cumplicidades entre as várias partes, como obter apoios para a agenda necessária à modernização do país?

E, sem ela, como fazer frente à concorrência da China, à relativa desindustrialização, ou melhor, “desprodutividade” da economia e como arbitrar entre interesses legítimos ou não dos que precisam de mais apoio do governo, advenham eles de setores populares ou empresariais?

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